NOTA DE ESCLARECIMENTO:

***Nota de Esclarecimento***

Esta página era anteriormente intitulada: "Comunidade São Sebastião (Taiaçupeba)".Hoje a mesma tem seu nome alterado para: "Capela São Sebastião - Taiaçupeba"

Para compreender o motivo vale lembrar os últimos acontecimentos que alteraram o curso da comunidade religiosa que realiza suas atividades na referia Capela.

Antes e depois da polêmica intervenção com argamassa. Foto: O Diário de Mogi/Arquivo

Quem porventura não soube dos recentes ocorridos e tiver interesse em saber pode procurar no site do jornal mogiano "O Diário de Mogi", a começar com a seguinte matéria: "Padre autoriza ‘reboco’ em cima de obra sacra" (http://odiariodemogi.com.br/padre-autoriza-reboco-em-cima-de-obra-sacra/).

Em resumo uma desastrosa e irregular intervenção sob uma pintura histórica do artista sacro José Benedicto da Cruz, o JBC como pode ser vista na matéria acima citada foi a causa inicial.
Esse ato gerou inúmeras matérias publicadas pelo jornal O Diário de Mogi e de uma representação vinculada ao Ministério Público "...feita pela Agência de Desenvolvimento Social (ADS) de Mogi das Cruzes. O documento, elaborado pelo advogado Glauco Batalha Atlmann e assinado pelo diretor e roteirista Pedro Gandolla, pelo arquiteto Luiz Miguel Franco Baida e pelo funcionário público João Benedito de Souza Mello Camargo, traça um histórico da reforma feita na capela e aponta possíveis equívocos cometidos durante o processo. No requerimento, o grupo pede o embargo da obra até que haja uma garantia de que o restauro será realizado, respeitando os critérios técnicos de um projeto formal, com levantamento histórico-iconográfico da igreja e levantamentos técnicos necessários." (Danilo Sans - O Diário de Mogi 16/08/2016)

Com isso os órgãos envolvidos se manifestaram apresentando um restaurador, Julio Moraes, a desempenhar o serviço, reparando os danos à Capela.

Eu, Dorival Martins Junior, autor desta página e do até então blog "Comunidade São Sebastião (Taiaçupeba)" (recentemente alterado para "Capela São Sebastião - Taiaçupeba" sob o domínio: http://capelasaosebastiaoblog.blogspot.com.br/) fui alvo de inúmeros ataques covardes de pessoas que não tiveram a coragem de vir até mim e resolveram atacar minha família. Foi levada a Comunidade, durante uma celebração em que eu não estava presente, acusações me caluniando e minha família indiretamente atacada. Uma Comunidade que se diz cristã age dessa maneira?... Num dia anterior a visita da equipe do O Diário de Mogi representantes do jornal me ligaram perguntando se poderia recebe-los, e respondi positivamente. Meu bisavô foi um dos fundadores deste templo. Minha família por anos zelou por tudo que está neste templo. Estas pinturas do ilustre JBC só estão conservadas por que pessoas o mantiveram assim por quase 100 anos. Para que? Para alguém autorizar rebocar de forma totalmente equivocada, crer estar certo em agir assim, me culpar pela matéria do jornal que os forçou a contratar um restaurador e nem ao menos ter coragem de admitir o erro ou pedir desculpas por quase perder a história da minha família, de uma comunidade inteira e colocar em risco o maior acervo de José Benedicto da Cruz, cujo a maioria das obras não resistiram ao tempo ou a atos como esse.

Bem. Infelizmente lutar por algo e se posicionar com pulso firme perante a ignorância tem seu preço. Moradores locais membros da comunidade, e a volta, falando mal de mim pelas costas.

O que me levou a criar esta nota, e a alterar o foco desta página foi justamente o que ocorreu nesta quarta-feira (08/03/2017). Solicitei a uma pessoa conhecida ainda ligada a Comunidade que me emprestasse a chave da Capela (coisa que sempre fiz durante anos) para devolver paramentos litúrgicos, já que não os usaria mais pelo afastamento devido as hostilidades acima citadas. A resposta foi que a mando do pároco, não poderia emprestar a chave da Igreja a "outras pessoas" devido aos últimos acontecimentos. A mesma se ofereceu para levar no meu lugar, e então mudou de ideia, me escoltando até a Igreja, medindo todos os meus passos dentro do templo até que eu saísse e ela novamente trancasse o local que por anos entrei livremente, me sentindo em casa, que ia muitas vezes apenas procurando calma, silêncio, paz. E que hoje me vejo limitado a visitar.

Por fim, como criador a autor desta página, eu, com pesar no coração, informo meu afastamento da Comunidade São Sebastião e que esta pagina não responde mais pela comunidade religiosa na qual nasci e cresci. Portanto essa página não representa mais a instituição religiosa ligada a Igreja Católica Romana.

A partir de hoje a página será apenas se restringe a manter a memória desta Capela. Esta página tem o objetivo de preservar a memória de todos que já passaram por esta Capela, que dela cuidaram com zelo, carinho. Está página focara na imaginária desta humilde Capela cuja simplicidade guarda a maior obra do ingênuo e simples caboclo José Benedicto da Cruz, no bairro lembrado apenas como Zé Santeiro. Artista nato, porém apenas mais um exercendo seu oficio entre os seus contemporâneos, e que se não fosse pelo historiador Eduardo Etzel, seria mais um esquecido.

A dedicação o carinho depositados nesta pequena Capela por tantas pessoas que já não estão mais entre nós é a inspiração para que a página não fosse excluída, mas pelo contrário; que a página vire um memorial a todos estes e muitos outros, pois se a Capela resistiu estes mais de 100 anos, se estas pinturas resistiram por quase 100 anos, foi por causa de todos estes.

Espero que todos compreendam os motivos que levaram a isso. 
Rogo a nosso Pai Celestial força e paz, e peço que por interseção de São Sebastião Ele ilumine a todos. E que Deus olhe por esta Capela.